sexta-feira, 29 de maio de 2009

E o céu continua escuro como sempre. Vejo muito além da calma do mar e das revoltosas ondas que batem contra minha alma. Busco uma ilusão perdida no espaço mais escuro de meus pensamentos. Encontro apenas o pó de um passado que não é meu, mas suponho que faça parte de meu presente. Acredito em virtude quando ela não mais se desfaça em ilusão. À vida, dou apenas alguns segundos de crédito diluídos em lágrimas, suor e sangue (adicionados ao pó de teu passado edificam a dor presente em meu peito). Acreditar não é muito mais do que ser. Acredito que não mais acredito. Sinto o gelar das mãos e o frio da alma...
A chuva cai. Insuportavelmente sigo os caminhos mal percorridos por outrem, que não eu. É teu passado que me deixa assim: inquieto, magoado, descrente...
E tudo continua vazio como estivesse pleno, repleto. As ilusões nos preenchem mais que as verdades, e as verdades dão razão às nossas inquietudes. Espero na certeza de um vazio repleto de plenitude.