domingo, 1 de julho de 2012

E pelas partidas fui entendendo as chegadas. Partes constantes e contidas na alma. Pelas pegadas pisadas juntas, matamos as mesmas terras. Fomos e somos assim, partes integrantes e contidas de cada um num todo mágico e desconexo de nossas imagens. E se o meio é oceano, meus olhos formam, assim, poços de saudade. E se as correntes forem tantas, e tuas partidas eternas, minha alma permanecerá junto a tua, sem espaço ou tempo determinado. E fui desconhecendo meu futuro já tão certo, que se fez incerto dentro das perspectivas do meu olhar. Se me assombrara o presente, quanto mais me desespera o futuro. E se teus olhos permanecerem mar, não apagues da vista minha visão. Se uma gota cair dos teus limites, limite-me a desconhecer a minha dor. Desfaça meu tempo em correntes de alívios e minhas dores  não mais, tanto, pesarão. E não deixeis a morte aos nossos passos. Caminhemos na distância e sempre juntos. Teu mar não apagará meu passos, e muito menos meus poços apagarão teu mar. É que entendi a precisão de apenas uma gota, para que todos os sonhos sejam dissolvidos. Que não dissolvamos.