quarta-feira, 19 de maio de 2010

Enquanto partida de si mesmo, encontra a própria face desfeita ao chão. Compreendida toda a miséria que existia por aquele tempo, caminho três passos e sento-me. Sabia que não poderia esperar. O maior medo era o assombro de mim mesmo. A última chama apagara-se por brevidade da ilusão. Foram as palavras que cortaram minha carne e fizeram caminhos traçados de angústia e dor. Pior era sarar tudo aquilo. Traçar caminhos, metas improváveis: tudo era impossível: a força da palavra valia mais. Validava cada passo um sim ou não. Se a tribulação dos pensamentos existe e é verbalizada, se faz por exageros. Não mais falarei. Calarei meus passos num abismo profundo do meu peito. Apenas calarei e escutarei. Minhas palavras de nada servem, apenas geram irritação nas veias de outrem. Que seja o silêncio, meu dia e minha hora. Que adormeça em cada traço seu marcado.