sexta-feira, 28 de agosto de 2009

...e perdido eu encontrei-me em meio a um turbilhão de acontecimentos que se desaconteciam aos poucos. Esqueci-me do tempo perdido: voltei a recuperar todas as formas de ajeitar minha alma. Tudo ia voltando ao normal quando se virou de forma inexacta diante de mim. Vi apenas o desmoronamento do meu ser. Vivo a constante tragédia de viver o desvivido. Continuo preso ao desespero dos meus sonhos. Imagino realidades impossíveis e busco provas do meu desespero. Espero na calma de esperar e desespero no encanto de desfazer. Pelos dias de nossa existência, vamos descobrindo diversos mistérios ocultos aos nossos olhos. São internos e necessários à nossa presença por essas transitórias terras. Creio que no dia mais próximo de nossos acontecimentos, possamos seguir adiante como se nada houvesse acontecido naquilo que ficou. Aposto na inveja que os olhos possuem das mãos, por apenas vêem e não terem o direito de tocar. Incertos são os dias que se passam e permanecem gravados na alma através dos olhos. Poucas são nossas virtudes construídas com as mãos. Creio no passado mais presente possível. Acredito nas dúvidas e incertezas de amanhã, partindo das certezas incertas de hoje. Não visualizo a dimensão da alma como concreta e retirada do ser que vive sem viver. Proclamaria novas tardes sem a diminuição do sol. Creio que as chuvas amenizem a visualização das minhas lágrimas e se portem como anexos aos meus sentimentos instalados no coração. Quando das angústias, marco minha miséria pelo teu passado e erradico minha alma da minha vida.